Aliado da presidente Dilma Rousseff, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) apresentou uma proposta de reajuste da tabela do Imposto de Renda de 5,5% para este ano. A emenda do petista é um exemplo da dificuldade que o governo pode ter para aprovar na Câmara a medida provisória reajustando a tabela em 4,5% até 2014. O risco inflacionário é a principal alegação do deputado, por isso ele também quer suprimir as previsões para os próximos anos. Zarattini diz ainda que a inflação de 2010 foi maior do que os 4,5%. "[A medida provisória] foi um equívoco do Ministério da Fazenda. Temos que ter uma política tributária no mínimo neutra", afirmou. Para ter sua emenda aprovada, o deputado pode contar com o apoio da oposição. A proposta do DEM é de correção da tabela pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que daria em um índice de 6,47%. Já o PSDB propõe 5,9%. Uma das possibilidades é que eles se unam em torno do um índice comum. A hipótese preocupa o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP). "O embate no IR será maior do que no mínimo", afirmou. Em fevereiro, o governo conseguiu aprovar o projeto de reajuste do salário mínimo com relativa facilidade. O prazo para apresentação de emendas à medida provisória do Imposto de Renda acabou ontem. No final do dia, cerca de 50 já haviam sido apresentadas. O texto passa a trancar a pauta do plenário no meio de maio. |
Fonte: Folha de São Paulo |